Localizado em Cotai, Macau, o City of Dreams ou Hotel Morpheus é um dos principais resorts da região, uma estrutura colossal que conta com um cassino, dois teatros, uma ampla área comercial além de 20 restaurantes e quatro hotéis. Conheça mais do projeto criado pelo escritório de Zaha Hadid Architects.
Inspirado nas tradicionais esculturas chinesas em jade e suas formas fluidas, o projeto do Hotel Morpheus combina espaços públicos dramáticos e generosos, habitações engenhosas e uma forte coesão formal.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
A estrutura foi concebida como uma extrusão vertical da planta retangular do terreno com uma série de vazios esculpidos em seu interior, criando uma “janela urbana” que conecta os espaços comuns do interior do hotel com a cidade e geram formas escultóricas que definem a arquitetura dos seus espaços públicos.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
Apoiado sobre uma base em forma de podium com três pavimentos que abriga o resort City of Dreams, o Morpheus possui 770 quartos, entre suítes e “sky villas”, incluindo espaços públicos, instalações para reuniões e eventos, salas de jogos, um átrio, restaurantes, spa e piscina na cobertura, além de uma enorme área técnica e espaços de apoio.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Os arquitetos resolveram o complexo programa de necessidades do hotel através de uma estrutura única e coesa. O escritório de Zaha Hadid Architects (ZHA) foi contratado para desenvolver o projeto do hotel ainda em 2012. Naquela época, as fundações já tinham sido executadas para o projeto de uma torre de apartamentos que acabou sendo abandonado.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
Zaha, com sua equipe de arquitetos, projetou o Morpheus como uma simples extrusão volumétrica à partir das fundações existentes; tirando proveito dessa planta retangular reproduzida ao longo de seus 40 pavimentos e utilizando ainda dois núcleos internos de circulação vertical, os quais se conectam nos níveis da base e também na cobertura, onde uma série de espaços coletivos para os hóspedes foram implantados.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Este bloco monolítico, aproveita ao máximo seu potencial construtivo, está restrito a uma altura de 160 m segundo o código de obras. A partir disso, a estrutura foi então “esculpida” com os espaços vazios que proporcionam uma nova dinâmica ao projeto do Hotel Morpheus.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
O conceito básico do projeto do edifício pode ser definido por duas torres interconectadas no térreo e na cobertura. O átrio central, um enorme volume vertical que percorre toda a altura do hotel, acaba sendo atravessado pelos vazios escultóricos que conectam as fachadas norte e sul. Esses vazios são responsáveis por criar a chamada “janela urbana” que aproxima os espaços comuns interiores do hotel com o entorno urbano que o cerca.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Foto: Virgile Simon Bertrand
Três vórtices horizontais criam os vazios que atravessam o edifício definindo seus espaços públicos; estes gestos arquitetônicos resultam em suítes exclusivas com vistas espetaculares do átrio e da cidade. Este arranjo maximiza o número de quartos de hotel com vistas externas e garante uma distribuição de espaço igual em ambos os lados do edifício.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Entre estes vazios escultóricos que atravessam o átrio vertical, uma série de pontes foram criadas para abrigar os espaços exclusivos dos restaurantes, bares e lounges do hotel, os quais são dirigidos por renomados chefs internacionais, incluindo Alain Ducasse e Pierre Hermé.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Os doze elevadores de vidro que percorrem o átrio de cima à baixo, proporcionam aos hóspedes vistas impressionantes do interior e do exterior do hotel enquanto viajam entre os vazios do edifício.
Como um dos hotéis mais importantes do mundo, os espaços internos do Morpheus deveriam proporcionar um alto grau de flexibilidade para acomodar as diversas necessidades e atender às mais diversas demandas. O exoesqueleto estrutural do edifício otimiza o layout interno criando espaços ininterruptos, sem muitos elementos estruturais que pudessem dividir ou segmentar os espaços.
Foto: Virgile Simon Bertrand
Considerado o primeiro edifício com exoesqueleto estrutural e planta livre do mundo, o padrão estrutural da fachada vai progredindo dos níveis inferiores para cima, criando uma rede menos densa e cada vez mais leve a medida que se aproxima da cobertura.
Foto: Ivan Dupont
Foto: Ivan Dupont
O projeto do Morpheus é o resultado de 40 anos de pesquisa do ZHA sobre como integrar os espaços interiores e exteriores, a esfera pública e privada, o cheio e o vazio, os planos cartesianos e “einsteinianos”. Os espaços são costurados no tecido estrutural para unir e conectar os diferentes programas.
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