Guia para a escolha de sofás

Não há dúvidas quanto ao protagonismo de um sofá em uma casa, seja na sala de estar ou escritório, ele sempre ocupará um lugar de destaque. Versátil, o sofá pode desempenhar inúmeras funções, desde acomodar a família e suas visitas para um bom papo ou assistir alguma programação na TV a servir de cama para eventuais hóspedes.

Além disso, o sofá também tem a função de delimitar o espaço no ambiente em relação ao resto dos móveis, servindo como um parâmetro para a mesa de centro, poltronas, tapete, rack etc. 

No entanto, é o tipo de móvel que possui inúmeras configurações diferentes, assim como tamanhos e formatos, dependendo da finalidade que você quiser dar à peça. Por isso, além do destaque estético que ele proporciona à decoração, ele pode trazer muitas outras vantagens.

Por outro lado, com tantos aspectos a serem considerados, é comum ficar na dúvida na hora de escolher o modelo certo. E tudo vai depender das suas necessidades, espaço disponível, gosto pessoal, decoração existente e, claro, o seu orçamento. 

Por isso, confira algumas dicas para a escolha de um sofá ideal.

Modelo de sofá
Imagem: Decor Fácil

1 – Defina o ambiente em que o sofá será utilizado

Na hora de escolher o sofá ideal, o primeiro passo é determinar o local em que ele vai ser usado, ou seja, o tipo de ambiente, sala de estar, sala de TV, quarto de hóspedes, ou escritório.

Isso porque o ambiente vai influenciar diretamente no tipo de sofá e sua finalidade. Um sofá para uma sala de TV, por exemplo, deve ser macio e profundo, podendo até ser alongado por uma chaise, para maior conforto.

Por outro lado, o mesmo sofá não seria ideal em uma sala de estar, que é mais voltada para a convivência em família ou de amigos para um bate-papo. Sofás muito profundos e mais macios podem tornar mais difícil sentar e se levantar.

Neste caso, como a prioridade é receber as visitas, prefira assentos mais firmes, com altura padrão (em torno de 45cm), menos profundos (em torno de 90cm) e com encostos mais retos.

E no caso de um escritório ou quarto de hóspedes, talvez o sofá possa ter as mesmas características acima, mas ser retrátil ou do tipo sofá-cama. 

Por fim, se o ambiente é multiuso, com diversas funções – receber, ver TV e hospedar – você tem a opção de mesclar todas essas características: um sofá mais firme e menos profundo, mas com uma parte com chaise que alonga e pode servir de sofá cama. 

Outra dica é maximizar o espaço usando puffs para adicionar ainda mais conforto e esticar os pés, além de almofadas confortáveis.

2 – Escolha o modelo de sofá baseado na utilidade

Outro fator importante a ser considerado é o modelo do sofá em relação à sua utilidade. Como o ambiente, definir o que você espera do sofá é fundamental para que ele seja útil. Como vimos acima, cada modelo vai desempenhar uma função específica, dependendo do ambiente em que vai ser colocado.

Sofá retrátil ou reclinável

Um modelo de sofá retrátil ou reclinável traz a vantagem de poder se adaptar às suas necessidades do momento, ou seja, reclinar quando quiser relaxar com mais conforto, esticando as pernas ou deitando para tirar um cochilo.

Sofá fixo

A opção de sofá fixo é a mais simples e tradicional, pois estruturalmente não tem qualquer tipo de movimentação de assento e de encosto. É uma escolha bastante popular, pois é fácil de ser inserido em qualquer ambiente, mesmo sendo menor, com a possibilidade de escolher entre 2 a 3 lugares, ou até mais, dependendo do espaço disponível.

Sofá-cama

Esse modelo vale o investimento, principalmente para quem mora em casa ou apartamento com pouco espaço ou menos cômodos. Atualmente, existem diversos modelos bastante confortáveis, tanto quando usados para sentar e receber quanto para dormir. Ele pode ser incorporado à vários ambientes, seja sala, quarto ou escritório.

Assim como o retrátil e reclinável, o sofá-cama também permite movimentar a estrutura para se transformar em cama e vice versa, com muita facilidade. Uma solução bem prática para quem costuma receber hóspedes ou não dispõe de vários espaços, como a kitnet. Eles podem ser encontrados em versões casal ou solteiro, em vários modelos.

Sofá de canto

Se espaço não é um problema na sua casa, o sofá de canto é uma excelente escolha, pois foi desenvolvido para acomodar várias pessoas (4, 5 ou 6 lugares, e variações), além de ter várias configurações diferentes, oferecendo mais possibilidades para explorar o espaço útil do cômodo.

Outra vantagem é que, embora ocupe mais espaço por ser uma peça maior, o formato em “L” ajuda a aproximar as pessoas no ambiente, tornando-se excelente para entreter visitas. Eles podem ser encontrados em modelos fixo, retrátil ou com chaise, que pode ficar do lado direito ou esquerdo da peça, conforme a necessidade.

3 – Determine o tamanho ideal do sofá

O tamanho do sofá vai ser determinado pelo espaço disponível no seu ambiente. O melhor a fazer é medir o cômodo com um todo e fazer uma espécie de planta baixa com todos os móveis que deseja combinar. Se for em escala melhor, senão procure anotar as medidas de tudo.

Considere um mínimo de 60 cm livre de cada lado do sofá, além do espaço de circulação entre os outros móveis, como poltronas, mesas de centro e de canto. Os sofás de 2 lugares, por exemplo, costumam medir em torno de 160 cm e os de 3 lugares em torno de 200 cm.

Tente evitar sofás com profundidade maior do que 100 cm em ambientes menores. Os sofás com pés aparentes dão impressão de leveza aos espaços e funcionam bem em ambientes pequenos. Não se esqueça de medir a largura das portas, elevadores, escadas e outras passagens para garantir que o sofá vai poder ser entregue sem dificuldade.

4 – Atenção ao tecido e à espuma do estofado

Tanto o revestimento do sofá quanto a espuma fazem toda a diferença, mas a escolha vai de gosto e do seu estilo. No caso da espuma, você vai ter que considerar o peso de quem vai usar o sofá com frequência.

Em geral, assentos entre D28 e D33 são os mais utilizados, pois oferecem maior firmeza e conforto. Já as percintas elásticas, que ajudam a sustentar toda essa espuma, conferem uma camada extra de maciez e flexibilidade.

O revestimento é o que vai dar a aparência e charme estético à peça, determinando também o seu estilo em relação à decoração do ambiente. No entanto, o tecido de revestimento também está ligado diretamente ao uso. 

O suede, por exemplo, é um dos tecidos mais utilizados, por ser macio ao toque e não arranhar. Outros tecidos como linho cotton, linho poliéster, corino e couro possuem propostas diferentes ao toque, mas atendem a maioria dos gostos.

No entanto, podem não ser a melhor opção para quem tem crianças ou pets em casa. Neste caso, o ideal é optar por tecidos mais duráveis (tipo lona ou jeans) em cores escuras, couro natural, tecidos para áreas externa tipo “acquablock” ou capas removíveis e laváveis.

Agora, se você não tem crianças, há as opções abaixo:

Sarja peletizada

Uma opção macia, 100% algodão, natural, podendo ser encontrada em uma variedade de cores, excelente para capas de sofá.

Linho

Pode ser natural ou misto, com fibras sintéticas para maior durabilidade. O linho sintético tem a vantagem de poder ser impermeabilizado e não amassar, mas o linho natural tem toque macio e textura “amassada” que dão uma aparência aconchegante e rústica.

Chenille

Muito popular pela durabilidade e preço, embora não seja um dos mais bonitos. Caso o seu orçamento só permitir esse revestimento, opte por modelos de pouco brilho e trama fechada.

Suede

Muito popular e resistente, mas com um toque mais macio que o chenille. Mas evite o estilo “molhado” e brilhante.

5 – Determine a cor do tecido

A cor do tecido que reveste o sofá é importante para que ele componha a decoração do ambiente de forma adequada e combine com o resto dos móveis. Mas, ela depende também do destaque que você quer dar à peça, além de impactar também no uso.

Cores escuras, por exemplo, podem esconder melhor a sujeira e eventuais manchas, sendo mais indicadas para quem tem crianças e animais de estimação em casa. Caso a sua opção seja um sofá escuro, mas o piso também é escuro, utilize um tapete claro para criar contraste e destacar o sofá.

Assim, avalie também a cor “base” do ambiente, ou seja, as cores do piso e das paredes. Se as suas paredes e piso são claros, você pode usar um sofá escuro ou claro, mesclando acessórios com texturas naturais ou cores vibrantes.

Já os sofás em cores neutras são uma escolha segura e você vai poder abusar de muitas texturas e outras cores para acentuar a decoração. No caso de sofás coloridos ou estampados, opte por cores neutras como tons terrosos, preto, bege ou cinza, para não enjoar.

E se você quiser ousar com um sofá colorido ou estampado, escolha primeiro a peça, depois o resto dos móveis e acessórios em função dele.

6 – Defina o seu orçamento e pesquise

Além das variações em modelos, os sofás também trazem uma infinita variedade de preços. Por isso, defina o seu orçamento, entre uma faixa considerável de preços. pesquise na internet os modelos de sofá disponíveis no mercado para descobrir os quais se encaixam na sua faixa de preço. 

Depois de pesquisar bastante não se surpreenda se descobrir que o sofá dos seus sonhos não cabe no seu orçamento. Então, mantenha a sua mente aberta para as adequações, mudando a cor, tecido, estilo ou tamanho desejado.

Se o orçamento é apertado, procure por modelos simples, de linhas retas e proporções equilibradas, mas fuja dos modelos baratos demais, eles costumam pecar pela qualidade, durabilidade e, principalmente, conforto.

7 – Compare o modelo com o restante dos móveis

Antes de decidir pelo modelo definitivo, selecione 2 ou 3 modelos, que atendam às suas preferências e expectativas para compará-los com o que você já tem em casa e que será usado no mesmo cômodo. Como por exemplo, o tapete, mesinhas, poltronas, almofadas, quadros, etc.

Para concluir

Pronto! Agora só vai faltar comprar o sofá! No entanto, como o sofá é um investimento alto, não apresse a compra só porque você está na loja. O ideal é pedir um orçamento detalhado com valores, descontos, custos de entrega, prazos de pagamento e informações sobre a política de devolução.

Depois, volte para casa e compare os orçamentos com as ofertas encontrada nas lojas online, pense um pouco e decida se a melhor opção é comprar online ou na loja.

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