- Tipologia de Projeto: Industrial
- Autor do projeto: Jovino Martínez Sierra Arquitectos
- Ano da elaboração: 2021
- Localização: Mondragón – Espanha
- Área construída: 5.386,00 m²
- Fotografia: Marcos Morilla
O complexo fabril construído no município de Arrasate-Mondragón pela Unión Cerrajera, empresa fundada em 1906 e que se dedica ao fabrico de fechaduras, era inicialmente constituído por três blocos de rés-do-chão mais dois pisos. Os dois primeiros foram construídos em 1931 e, após 68 anos de existência, foram demolidos para dar lugar a empreendimentos urbanos posteriores. Um cumpria as funções de serralharia e o outro funcionava como armazém de obras acabadas. O edifício central – o único sobrevivente – foi concluído em 1939 e serviu de acesso à fábrica. Construído sobre o leito do rio Deva e desenhado pelo arquiteto Luis Astiazarán (1898-1969), o edifício de entrada foi o mais emblemático e o que deu imagem ao conjunto.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Também conhecida como ‘edifício do relógio’, a Kulturola é um dos elementos mais significativos da memória industrial do município de Gipuzkoa e um dos exemplos mais representativos da arquitetura industrial do Movimento Moderno no País Basco. Catalogada no Inventário Geral do Património Cultural Basco como Bem de Interesse Cultural protegido com a categoria de Monumento desde 2004, a Kulturola foi agora recuperada para usos culturais.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
A reabilitação procurou recuperar e valorizar, através da ação contemporânea, os valores da arquitetura industrial moderna presentes no edifício, como a singularidade, o valor global, a sua ligação com a paisagem e o rio, a representatividade tipológica e a singularidade construtiva.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
O corredor que atravessa o edifício no piso térreo – antigo acesso ao conjunto – incorpora-se ao espaço urbano e ao mesmo tempo forma um amplo limiar de entrada, tornando-se um local para atividades cobertas. O projeto devolve às fachadas a composição original das aberturas, utilizando carpintarias de aço de seção mínima com os cortes antigos. Na cobertura são restauradas as claraboias originais, recuperando a espacialidade e a iluminação superior dos pisos superiores.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
A antiga escadaria histórica também é preservada e um novo núcleo vertical tingido de vermelho – cor corporativa da empresa – é projetado, evocando o ferro fundido da atividade original do edifício. Destaca-se a estrutura de concreto com vigas profundas nos tetos, deixando as instalações visíveis de forma a manter o clima industrial do edifício e cuidando da compartimentação interior para alcançar a neutralidade espacial da construção original.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
A intervenção passa pela recuperação de um vestígio, no território e na paisagem, da história, da indústria e da sociedade do concelho e do País Basco.
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Foto: Marcos Morilla
Texto disponibilizado pela Jovino Martínez Sierra Arquitectos
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