Os brises cumprem um papel funcional em projetos arquitetônicos. Por serem sustentáveis, esses elementos contribuem para a redução de consumo de energia nas edificações. Além disso, trazem inúmeras vantagens para qualquer tipologia de projeto. Confira mais sobre!
O que são os brises?
Brise é o nome mais conhecido no Brasil, mas é apenas uma abreviação de brise-soleil, palavra em francês que significa “quebra-sol”.
Em resumo, essa é a principal função desse elemento arquitetônico que pode ser visto em inúmeras edificações, tornando-se um item essencial para um projeto de arquitetura com características sustentáveis.
Para que servem?
A principal função é fazer um controle da radiação solar na edificação, ou seja, barrar a luz do sol que incide diretamente sobre os ambientes internos. Os brises funcionam com lâminas, que podem ser fixas ou móveis, aplicadas na horizontal ou vertical. No entanto, para que sejam realmente eficientes, é necessário fazer cálculos minuciosos com cartas solares do local onde serão implementados.
Vantagens
Os brises podem protegem a fachada contra a radiação solar, também funcionam como uma proteção térmica, bloqueando o aumento da temperatura no interior da construção.
Além disso, esse tipo de elemento aumenta a privacidade, pois impede que quem está fora consiga observar o que acontece dentro do edifício.Consequentemente, os brises deixam os ambientes mais confortáveis, reduzem a necessidade de ar condicionado, ajudam a economizar energia elétrica e valorizam a estética da construção.
Desvantagens
Além de ter um custo elevado, a manutenção e limpeza devem ser frequentes. É mais difícil manter uma fachada com brise em perfeito estado, principalmente quando ele é fixo.
Portanto, é fundamental pesquisar sobre os diferentes tipos disponíveis, verificar o preço de cada um e descobrir qual oferece o melhor custo-benefício para o seu projeto.
Modelos
Existem dois tipos de brises: os horizontais e os verticais, que podem ser fixos e móveis. O primeiro é mais utilizado em fachadas voltadas para o norte, que têm sol o dia todo. Já o segundo é indicado para as fachadas que ficam de frente para as faces leste e oeste, que recebem o sol da manhã e o da tarde, respectivamente.
Como o próprio nome já diz, os brises fixos são presos na fachada e são mais recomendados para projetos comerciais, pois evitam a movimentação das lâminas por muitos usuários.
Já os móveis têm o formato flexível, permitindo que a posição seja mudada de acordo com o movimento do sol ou a necessidade de privacidade. São mais recomendados para projetos residenciais.
Materiais
Os brises ainda podem ser feitos de diferentes materiais, como concreto, madeira e alumínio. No entanto, é importante analisar as vantagens e desvantagens de cada um antes de utilizá-los em sua obra.
Concreto: esse material era mais utilizado quando os brises começaram a aparecer nas fachadas das edificações no Brasil. Aliás, é muito comum em prédios públicos e escolas. Tem alta durabilidade e é mais fácil de limpar. Por outro lado, os benefícios térmicos são inferiores, se comparados aos dos outros materiais;
Madeira: é possível fabricar brises com diversas qualidades de madeira, inclusive a de demolição, o que torna o projeto mais sustentável. Entre as vantagens desse tipo de material estão conforto térmico, sofisticação e beleza. No entanto, a manutenção exige um pouco mais de trabalho e precisa ser constante;
Alumínio: é o material mais utilizado, até porque é produzido em escala industrial. É fácil de instalar, proporciona leveza e permite manutenção simples. Entretanto, o custo é muito mais elevado do que os de outros tipos.
Manuais ou Automatizados
Com a automatização dos brises, as aplicações se movimentam por meio de controles remotos ou interruptores, o que garante controle de luminosidade, conforto e redução de custos com refrigeração ou aquecimento.
No entanto, a automatização implica em custos com o serviço de instalação e o consumo de energia. Por outro lado, esses gastos podem ser absorvidos em curto prazo por conta da eliminação de outros, como o de ar condicionado.
Brises de Concreto
Imagem: Pinterest
A manutenção desse tipo de material é a mais simples. Os brises de concreto recebem lavagem e pintura da mesma forma que uma edificação de alvenaria.
A lavagem pode ser feita com um jato de água. Já a pintura pode ser realizada normalmente logo em seguida.
Brises de Madeira
Imagem: Pinterest
A madeira está em constante contato com a poluição atmosférica. Por isso, é comum que partículas fiquem acumuladas em sua superfície.
Apenas água e sabão não resolvem. É necessário fazer um lixamento para a retirada da camada superficial, extraindo o material que se decompõe sobre elas.
Com isso, o verniz é removido também, necessitando de uma nova aplicação para finalizar corretamente a manutenção.
Brises de Alumínio
Imagem: Pinterest
Esse tipo de aplicação recebe pintura poliéster, que a protege do sol e que pode exigir renovação em determinado tempo de vida. No entanto, a limpeza periódica pode ser anual ou semestral, e deve ser feita apenas com água, sabão neutro e uma esponja. O cuidado é o mesmo exigido ao lavar um carro. A esponja deve ser macia, de modo a garantir que a pintura não seja riscada.
Brises Vegetais
Imagem: Pinterest
O brise vegetal traz todas as vantagens das alternativas tradicionais. Também conhecidos como brises verdes, esses elementos funcionam como jardins verticais que cobrem as fachadas, protegendo-as do acúmulo de energia solar. O uso de plantas ajuda a conservar e valorizar o imóvel.
São feitos a partir de uma estrutura leve de metal galvanizado, resistente ao clima e à ferrugem. Conduzidos por cabos de aço presos por fixadores, os brises podem ser utilizados em edifícios e não têm limite de altura.
Sustentabilidade
Imagem: Pinterest
Se o brise comum já pode ser considerado sustentável, o vegetal é ainda mais, pois consome até 80% da luz solar para evaporar a água.
Os brises vegetais convertem boa parte do calor acumulado nas paredes. Isso gera grande economia de eletricidade, pois diminui o uso do ar condicionado. Inclusive, eles são muito mais eficientes que os de alumínio, pois consomem energia solar durante o processo de fotossíntese, em vez de acumulá-la.
Além disso, a renovação é constante e reduz a necessidade de pintura nas fachadas. Os brises vegetais também contribuem com a diminuição da poluição, melhoram a qualidade e umidade do ar, promovem isolamento acústico e trazem de volta a beleza e o verde aos centros urbanos. Outra vantagem é que essa vegetação criada com o brise pode refrescar no verão e aquecer no inverno, se as plantas utilizadas forem caducifólias.
Esse tipo de vegetação perde suas folhas nos meses mais frios, como outono e inverno. Isso permite que o sol aqueça as paredes da edificação, mantendo o ambiente mais agradável.
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