Projetado pelo grupo MVRDV, o Seoullo Skygarden oferece um dicionário do patrimônio natural da Coreia do Sul no centro da cidade de Seul. A partir de vistas para a histórica Seoul Station e para o Namdaemun Gate, o projeto conecta os moradores citadinos com a história e com a natureza, funcionando como um viveiro de plantas educacional e berçário para futuras espécies. Como é possível transformar uma rodovia da década de 1970 em um Jardim Elevado? Como pode-se mudar a rotina diária das milhares de pessoas que cruzam o centro da cidade diariamente? Como é possível criar um parque público único, com uma vasta diversidade de espécies, no coração da cidade? Confira mais sobre o projeto.
A nova passarela, próxima da principal estação de Seul, se transformou em um grande jardim elevado, um importante passo para fazer da cidade um lugar mais verde, amigável e atrativo.
Foto: Ossip van Duivenbode
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Desde de que o projeto começou em Maio de 2015, o maior desafio foi transformar um viaduto existente de 938 m de comprimento em um jardim público, acrescentando uma seleção de espécies da flora Coreana na estrutura de aço elevada 16m do chão. Desde o princípio o MVRDV se prendeu a necessidade de transformar este elemento em um símbolo de infraestrutura verde, mudando também a imagem do centro da cidade de Seul. Em conjunto com o governo local, ONGs, equipes de paisagismo e conselheiros, a equipe de arquitetos conseguiu acomodar diversas espécies de plantas em condições urbanas.
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O parque apresenta 16 pequenos pavilhões com cafés, lojas, salas de exposição, espaço de jardinagem, trampolins, pequenos elementos com água, teatros para crianças e centros de informação. Eles reforçam a experiência dos visitantes ao introduzir atividades que valorizam os aspectos culturais e comerciais da cidade. Escadas, elevadores, pontes e escadas rolantes conectam o tecido ao novo parque, criando um vínculo entre o tecido urbano e a nova infraestrutura.
Foto: Ossip van Duivenbode
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O jardim elevado é uma “aldeia vegetal”, local que concentra uma paisagem em constante mutação, acomodando 52 famílias de plantas que incluem árvores, arbustos e flores, distribuídas em 645 vasos, totalizando mais ou menos 160 espécies e sub espécies. No total o parque irá concentrar 24000 plantas.
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O parque linear foi desenhado como uma coleção de pequenos jardins, cada um com seu próprio layout, perfume, cor e identidade e sua paisagem muda de acordo com a estação: no outono, cores claras das árvores da família das Aceraceae, conhecidas também como maples; na primavera a intensidade das cerejeiras e do rododendro; no inverno as árvores coníferas de folhas perenes e no verão as cores das árvores frutíferas.
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As lagoas de lírios na área das Nymphaeaceae e as fotogênicas árvores Ginko são também dois pontos que se destacam no projeto. Futuramente, será possível ver frutas comestíveis nos jardins e plantas suculentas na área da família Crassulacean. Mais de 800 vasos de árvores serão adicionados para otimizar as mudanças de estação.
Foto: Ossip van Duivenbode
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Assim como uma enciclopédia a céu aberto, as famílias de plantas estão organizadas em ordem alfabética, do leste ao oeste, facilitando a navegação para achar as espécies em exposição.
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O berçário urbano funcionará como referência e inspiração para futuros projetos em Seul e na Coreia do Sul em geral. Este jardim elevado pretende expandir suas raízes para os arredores da passarela, estabelecendo uma estratégia de transformar a passagem em um lugar mais verde e agradável. A estratégia incluí aumentar o número de passagens para pedestres e praças, dando mais espaço para pequenos jardins, becos verdes, terraços ajardinados, estacionamentos com jardim, e várias infraestruturas que possam ser parte da expansão satélite em volta da passarela.
Foto: Ossip van Duivenbode
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Ben Kuipers, paisagista holandês, e o KECC, escritório de paisagismo local que foi parceiro no projeto, devem receber os créditos da biblioteca de plantas do projeto.
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