Originalmente conhecida como a Case Study House No. 8, a Casa Eames era uma residência moderna tão agradável espacialmente que se tornou a casa dos próprios arquitetos. Charles e Ray Eames começaram a projetar a casa em 1945 para o Programa Case Study Houses, da Revista Arts and Architecture de Los Angeles, em que foram publicadas e construídas residências de estudo de caso que focassem na utilização de novos materiais e tecnologias desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial. A intenção era que a casa fosse feita de materiais pré-fabricados que não interrompessem o terreno, fossem fáceis de construir e exibissem um estilo moderno. Confira mais sobre a Casa Eames.

A casa implanta-se em um lote de três hectares no topo de um penhasco de 150 metros com vista para o Oceano Pacífico. O local de implantação da obra é um platô no terreno íngreme, criado por um muro de contenção de concreto a oeste. Isso permite a construção de dois volumes com um pátio interligando-os.

As duas caixas servem a duas funções diferentes. Uma delas é para a própria residência e a outro é um estúdio. Os dois volumes fornecem espaços de pé-direito duplo nos cantos e nas extremidades externas de ambos os programas. Isso permite uma composição que quebra o espaço ritmicamente, e pode ser lido no exterior da casa com o pátio exterior servindo como um vazio de pé-direito duplo entre as duas caixas.

Juntamente com o muro de contenção em concreto, um quadro simples de aço foi usado para a estrutura da casa. A armação de aço usava colunas em perfil H de 4 polegadas para as paredes e de 12 polegadas para as vigas que suportavam a cobertura. A estrutura de aço foi preenchida com diferentes painéis coloridos foscos e translúcidos dispostos para criar uma luz dinâmica no interior durante o decorrer do dia.

A importância atribuída à luz no projeto, com o exterior disposto desta forma particular, pode remeter a uma influência japonesa. Esta atenção ao detalhe, no entanto, não impediu que ela exibisse a ideia original da prefabricação. A casa foi construída, em grande parte, a partir de componentes padronizadas, como as janelas que medem uma largura padrão americana de 3 pés e 4 polegadas, o que corresponde a pouco mais de 1 metro.

Em contraste com a estrutura fria de aço que, o interior da casa é quente e reconfortante com o seu piso de madeira e a luz suave penetrando em cada espaço no decorrer dos dias. Escadas de madeira flutuam conectando os níveis inferiores e superiores. O uso de materiais naturais no interior aproxima a residência da natureza, dando a aparência de uma casa que repousa suavemente sobre o terreno. Uma fileira de eucaliptos também foi plantada na frente, fornecendo sombra e mesclando a residência com o entorno.

A Casa Eames é uma bela continuação do espaço. Os espaços são libertadores, fluindo de um ao outro mesmo entre os pavimentos, através de espaços de pé-direito duplo. Os espaços privados e públicos não são estritamente divididos. Por exemplo, o dormitório no nível superior tem vista para a sala de estar pública com um pequeno terraço que liga os dormitórios. Não há grandes divisões além da separação das duas caixas, que ainda se fundem uma com a outra com o pátio. A casa é uma tela de Mondrian que exemplifica o uso de materiais pré-fabricados para criar belo espaço infinito.

Leia mais sobre: Archdaily

Gostou? Comente sobre!

Relacionados

Arquitetura&Construção

Feriae

Inplot © Todos os direitos reservados.

Política de Privacidade

Sua assinatura não pôde ser validada.
Você fez sua assinatura para receber conteúdos do Blog Inplot com sucesso.

Receber conteúdos do Blog Inplot

Usamos a Brevo como nossa plataforma de marketing. Ao enviar este formulário você concorda que os dados pessoais fornecidos serão transferidos para a Brevo para processamento de acordo com a Política de Privacidade da Brevo.

Inscreva-se na nossa newsletter